PLANEJAMENTO FINANCEIRO PESSOAL
PLANEJAMENTO FINANCEIRO PESSOAL
Você já teve a sensação de que está gerando bons resultados pra empresa em que trabalha, mas está descuidando da sua vida pessoal? Acho que todo mundo já passou por isso em algum momento da vida profissional. É compreensível. Queremos produzir mais para sermos mais valorizados e, como consequência de longo prazo, sermos promovidos e ganharmos mais. E, correndo por fora, ainda tem o ego – afinal, faz um bem danado receber aquele mega elogio público do chefe…
Esse processo normalmente gera efeitos colaterais em três áreas da vida pessoal: saúde, relacionamento familiar e planejamento financeiro. Apesar de já ter passado por fases como essa, não me sinto capacitado para falar de saúde e relacionamento familiar. Existem profissionais muito mais gabaritados do que eu nessa área. Por outro lado, planejamento financeiro é algo que faço desde moleque. Primeiro por necessidade, depois por hábito…
Pois é. Planejamento Financeiro Pessoal (PFP) é um hábito. E como todo hábito, pode ser desenvolvido e aprimorado constantemente. E torna-se uma baita ferramenta para nos ajudar a atingir nossos principais objetivos de curto, médio e longo prazo. Sei que não é fácil começar – afinal na maior parte dos casos não fomos educados pra isso. As escolas brasileiras (sejam públicas ou privadas) nunca tiveram essa preocupação e em casa não era muito diferente (como nossos pais iam nos ensinar algo que também não conheciam?). Essa mentalidade vem mudando aos poucos e trará muitos benefícios para as próximas gerações. Mas e quem já tá na chuva se molhando? Não tem jeito… vai ter que correr atrás.
Passo 1: Monte um DRE (Demonstrativo de Resultado Pessoal)
Mapeie detalhadamente todas as receitas e gastos fixos e variáveis. As melhores fontes de informação são seus extratos bancários e suas faturas de cartão de crédito. Nesta etapa a criação de fundos pode ajudar bastante (fundos para lazer, restaurantes, viagens, etc). Não é necessário controlar este tipo de gasto individualmente.
Passo 2: Crie seu Orçamento
Tão importante quanto o primeiro passo, projetar suas receitas e seus gastos para os próximos meses ajudará a enxergar em quais meses haverá uma sobra de caixa que pode ser guardada para cobrir os meses nos quais os gastos são maiores. Quanto mais longa a projeção, melhor o resultado. Um prazo bom é projetar os próximos 12 meses.
Passo 3: Identifique onde o “calo aperta”
Calcule o percentual que cada tipo de gasto leva da sua receita líquida. Isso permitirá que você enxergue claramente os gastos que estão tendo maior impacto sobre a sua receita e, a partir daí, possa tomar ações para minimizá-los. Ataque primeiro os gastos maiores, mas não negligencie os menores. Outra ação que ajuda bastante nesta fase é comparar as suas projeções com o seu realizado.
Seguindo esses 3 passos, você terá um primeiro MAPA DAS SUAS FINANÇAS PESSOAIS em mãos. Ele, entretanto, não é um documento definitivo. Você deverá revisá-lo periodicamente e ajustar as projeções para os próximos meses – são as correções de rota.
Uma dica muito importante é lembrar que cartão de crédito não é uma despesa. É apenas uma ferramenta de pagamento que concentra seus gastos em uma data de pagamento fixa. É recomendável que se tenha apenas um para evitar descontroles, mas sabemos que é muito comum as pessoas terem vários para ficar jogando com as datas de vencimento. Seja lá qual for a sua situação, os gastos no cartão de crédito devem ser analisados em aberto – classifique-os um a um mesmo que dê mais trabalho. E nunca, jamais, em hipótese alguma, pague a parcela mínima do cartão. Os juros desse crédito rotativo podem passar dos 300% aa, o que transformaria uma dívida de R$ 1 mil em R$ 4 mil após 12 meses.
Seguindo esse passo a passo, você terá um excelente GPS em mãos que, devidamente recalibrado periodicamente, estará sempre indicando a rota correta para a concretização dos seus sonhos e objetivos.
Grande abraço,
Thiago